DICA SOBRE VEÍCULO FIAT 1.6 16V / LINEA 1.9 16V

FALHA: Instabilidade da marcha lenta após a troca da correia dentada;

Como temos ministrados treinamentos todos os domingos em cidades e regiões diferentes, há um grande número de reclamações de instabilidade da marcha lenta após a troca da correia dentada desses veículos. Os mecânicos questionam que antes de trocar a correia o motor funciona perfeitamente e todos os parâmetros funcionam dentro da faixa.

Após a troca da correia dentada passa à apresentar instabilidade na marcha lenta, apaga nas desacelerações e alguns sensores ficam fora dos parâmetros (leituras altas) como: Sensor Map, tempo de injeção e sonda lambda. Ao analisar com vacuômetro o vácuo do coletor apresenta-se baixo próximo de 380 mmHg, o normal seria próximo de 450 mmHg.

Procedimento da troca da correia dentada desse motor está disponível no software da DICATEC e nos sites dos fabricantes de correia dentada e ferramentas. Mas mesmo montando com procedimento correto com ferramentas corretas apresentam o defeito, aí fica a dica para resolver essa falha.

PROCEDIMENTOS:
1) Após todo procedimento correto da troca da correia com as ferramentas adequadas, deixar sem a proteção plástica da correia dentada (Fig. 03) e em posição de funcionamento do motor para testes;

FIG. 03

2) Funcionar o motor até disparar o eletro-ventilador por 2 vezes, acelere próximo de 4000 RPM e solta a aceleração para analisar se o motor apaga na desaceleração;

3) Caso o motor apague e a marcha lenta fica instável, nota-se alguns parâmetros fora da faixa (sonda lambda, tempo de injeção e MAP), desligue o motor;

4) Como há uma pequena folga nas 2 polias (admissão e escape) em relação a chaveta, tem que compensar o ajuste nessa folga;

OBS.: Não há necessidade de colocar a ferramenta para acertar esse ajuste, somente tirar a proteção das polias.

5) Solte o parafuso que prende a polia de admissão, sempre comece pela polia de admissão, pois o mesmo está presente o sensor de fase (solte 2 voltas no parafuso), use a ferramenta adequada para travar a polia;

6) Girar o virabrequim com a ferramenta adequada (soquete 36 ou 38 mm), escolha o sentido para girar o motor, por exemplo: sentido horário até o final da chaveta. 

OBS.: Ao girar o motor no sentido horário percebe que todos os componentes móveis giram ao mesmo tempo, menos o comando de admissão e parafuso que prende a polia. Quando chegar ao final da folga da chaveta percebe que o comando de admissão e o parafuso passa a girar juntos com todos os componentes móveis, isto é, chegando ao final da folga da chaveta.

7) Aperte novamente o parafuso que prende a polia no comando com ferramenta adequada, funcione o motor e analise o funcionamento comparando com os valores anteriores. Caso houver melhora, faça o mesmo procedimento no outro comando (escape), caso aumente a falha, faça o mesmo procedimento no mesmo comando mas no sentido anti-horário, buscando melhor performance de funcionamento no mesmo comando.

Aí fica uma dica, procure fazer o procedimento com um vacuômetro instalado, melhor performance no funcionamento do motor é próximo de 450 mmHg.

Após o acerto do sincronismo do motor, vácuo próximo de 450 mmHg,  percebe-se que o motor funciona com a marcha lenta bem instável, parâmetros todos na faixa de funcionamento.

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